Romero Ferro lança álbum pop intitulado 'Sangue e som'

Foto: Divulgação
Romero Ferro é dono de um olhar tímido e um sorriso delicado. Quando começa a dedilhar o violão e cantarolar alguns versos, aí sim, mostra a que veio. Aos 22 anos, o cantor e compositor pernambucano trilha os primeiros passos na carreira. Nesta quinta-feira (3), às 20h, lança o EP Sangue e som com show no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura, no Shopping RioMar, Zona Sul do Recife.

Romero Ferro não tem família de músicos, mas as referências dos pais o influenciaram muito. “Eles me colocavam para dormir ouvindo música, e isso acabou de alguma forma grudando em mim. É como se estivesse no meu sangue, pulsando junto comigo”. No rádio, tocava desde Beatles a Zé Ramalho, passando por Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Elis Regina, Cazuza, Rita Lee, Doces Bárbaros, Lulu Santos, Kid Abelha. Aos 12 anos veio o primeiro violão e, desde então, Romero não parou de tocar e de compor. “Gosto de escrever sobre o amor, mas também sobre a vida, os medos, a rua, as pessoas que vi, uma cena inacabada”, diz o músico, que estuda canto popular no Conservatório Pernambucano de Música.

O mini-álbum Sangue e som conta com cinco músicas, sendo quatro delas composições próprias e uma regravação. A primeira, que dá nome ao EP, é um pop daqueles dançantes, com refrão que gruda fácil. “É uma música gostosa de dançar e de ouvir, tem uma letra bem metafórica, cheia de jogo de palavras. O arranjo é bem experimental, tem algumas programações, uma bateria pouco uniforme e um som de cordas bem presente, que dão um caminho diferente à música”, explica Romero Ferro.



A segunda, intitulada Ao fim, é curta e direta; fala sobre como lidamos com perdas e ganhos, com as escolhas e suas consequências. “Acho que essa música traz mais fortemente a influência da poesia nas minhas canções. Tem um arranjo delicado, todo minucioso, violão dedilhado e alguns instrumentos percussivos”, entrega o cantor, leitor e fã de Mário Quintana, Clarice Lispector e Paulo Leminsk.


Seguindo pelo EP, Lençóis e castiçais, terceira música, tem um solo de sanfona; e conta a história de um presidiário, que após ser pego pela policia, arquiteta uma maneira de fugir do xadrez. Para isso ele induz a amada a ajudá-lo. Romero Ferro diz que “a música tem um pé no country, e te traz uma sensação de Sertão. Sempre quis que ela fosse bem visual, por isso usamos instrumentos característicos para compor um cenário imagético e levar o ouvinte para dentro da história”.

Por fim, a última composição própria é Arsenal – um brega que não deixa ninguém parado. A gravação tem a participação de Zé Cafofinho, “Essa música foi uma surpresa para mim. É um brega, completamente, do arranjo à letra. Fala de uma noite de sexo, que se tornou um amor obsessivo, quase doentio. O arranjo conta com a presença de metais, violões e programações bem distribuídas”, revela Ferro.

A última música do disco é a regravação de Codinome beija-flor, de Cazuza. Romero, aliás, tem um projeto paralelo em que interpreta só canções de Cazuza – e algumas músicas desse projeto estarão no show, além de Monomania, de Clarice Falcão, de quem é primo.

O show da próxima quinta-feira terá as participações especiais de Samuel Lira (que toca flauta transversa na música Pra ver se a chuva vem), José Barbosa (cantando a música Rio Vermelho), As fadas magrinhas (em Cores no papel) e Zé Cafofinho (em Arsenal).

Serviço:
Lançamento do EP Sangue e som, de Romero Ferro
Quando: Quinta-feira (3) de outubro, às 20h
Participações: Fadas Magrinhas, Zé Cafofinho, Zé Barbosa e Samuel Lira.
Onde: Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Shopping RioMar
Quanto: Entrada gratuita

Informações: (81) 3256-7500

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